A cama pode ser considerada o elemento mais importante do quarto. Ela é imprescindível para nosso descanso, e sua qualidade reflete diretamente em nossa saúde e bem-estar. Dessa forma, uma boa cama faz toda diferença. Mas, ao abordar uma peça tão significativa, não podemos deixar de lado a sua relevância na composição do décor.
“Por, normalmente, ocupar um espaço maior que as demais peças, é fundamental que a cama esteja em harmonia com os demais elementos do quarto, como materiais e acabamentos aplicados”, explica a arquiteta Patricia Penna, à frente do escritório Patricia Penna Arquitetura & Design, que em seus projetos aposta em modelos que se destacam pelos estilos e características que marcam a decoração. Acompanhe as dicas da profissional:
Cama com base recuada e mesas laterais anexas, suspensas. A cama desse dormitório é mais baixa e inspirada no estilo oriental. A cabeceira com tapeçaria em linho foi aplicada no nicho formado pela marcenaria | Foto Leandro Moraes
Existem dois aspectos importantes a serem considerados na escolha da cama: o prático e o estético. O primeiro está diretamente ligado ao bem-estar, e deve figurar no topo das prioridades.
“O aspecto prático considera questões como a ergonomia geral; altura final, comprimento x largura, além dos materiais e a segurança do design. Costumo dizer que o trabalho vai muito além de simplesmente escolher a densidade do colchão, que já é importante”, explica arquiteta.
O segundo aspecto diz respeito ao estilo, que deve ‘conversar’ com a proposta do ambiente.
“Sob esta ótica, a cama deixa de ser um elemento de função técnica e passa a ter importância e funções plásticas, podendo ser a ‘menina dos olhos’, de um quarto”, observa Patricia.
É essencial que a cama represente intimamente o gosto pessoal de quem a utilizará, regra que vale para todas as decisões do projeto, segundo a arquiteta. Todavia, com a cama isso deve ser levado ainda mais em consideração.
“Já tivemos clientes que queriam manter a cama anterior ou nos indicaram um modelo específico que gostariam de ter, no novo dormitório. Nestes casos, os demais itens virão em consonância com o móvel. O cliente precisa sentir-se bem, afinal esse é o lugar de repouso dele”, afirma.
Vista de alguns ângulos, a cama de base recuada tem uma marcenaria de aparência leve, que parece flutuar | Fotos Leandro Moraes
Após o estilo de cama definido, as dimensões precisam ser avaliadas. Segundo Patricia, quartos menores pedem camas proporcionais às suas dimensões.
“É preciso que haja uma circulação de, no mínimo, 60cm, entre a cama e qualquer outra peça, ou parede, confrontante”, detalha. De acordo com a profissional, uma dica valiosa para dormitórios compactos é evitar camas com a chamada quina ‘viva’, que podem causar acidentes em circulações mais restritas.
Patricia acredita que, quando o assunto é cama, não existem tendências a serem seguidas. O que deve prevalecer é o estilo pessoal de cada um, mas afirma que os modelos de cama box com saias lisas e cabeceira, em tecido nunca sairão de moda.
“O clássico e simples sempre seguirão alta, o que não significa que esta seja uma regra a ser seguida à risca”, finaliza.
O painel piso teto de madeira é destaque na cabeceira. No painel, um nicho faz a função de mesa de cabeceira | Fotos Leandro Moraes
Patrícia Penna Arquitetura & Design
No mercado há mais de 20 anos, a arquiteta Patrícia Penna é destaque de mostra de decorações no Brasil e no exterior. Com a equipe multidisciplinar que faz parte do escritório Patrícia Penna Arquitetura & Design, assina projetos de arquitetura e design de interiores nas áreas residenciais, corporativos e institucionais.
www.patriciapenna.arq.br
@patricia_penna_arquitetura
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Diego Rogério
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