A rua Luciana de Abreu é uma das mais lindas do Bairro Moinhos de Vento. Tranquila, arborizada, sempre foi uma das minhas preferidas. Com bem menos comércio e restaurantes que suas vizinhas, ainda mantêm casarões residenciais.
Há dez anos está sendo palco de uma luta pela preservação de um conjunto de casas que está para ser demolido.
Essas casas da rua Luciana de Abreu foram construídas na década de 1930 com projeto que teve a colaboração do arquiteto alemão Theodor Wiederspahn, responsável pelos projetos da Cervejaria Brahma (hoje Shopping Total), a Casa de Cultura Mario Quintana, o Edifício Ely, entre muitos outros.
Uma construtora planeja derrubar as casas e construir no local um edifício de 16 andares, o que mobilizou os moradores do bairro e a opinião pública em geral porque, independente do valor histórico, as casas fazem parte da memória do bairro, que é considerado um dos mais charmosos e queridos da cidade.
Em mim dói, porque como moradora antiga do bairro, as casas fazem parte da minha história e como moradora da cidade, em ver a falta de uma política do governo que ajude a preservar o nosso patrimônio de maneira viável. Fico me perguntando: se não forem destruídas pela construtora, serão pelo tempo? Quem será o responsável pelo restauro e manutenção?
E você, o que pensa sobre a demolição dessas casas?
Os professores e alunos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUCRS junto à comunidade estarão quarta-feira, dia 25 de setembro, a partir das 17hs em frente às casas da Rua Luciana de Abreu, entre as ruas Barão de Santo Ângelo e Padre Chagas, participando do evento Aprisionando a Luciana.
Deixe seu comentário