Sapateira no hall de entrada é uma das demandas da quarentena que permanecerá nos lares dos brasileiros.
Do lado de dentro da casa, os sapatos higienizados também merecem um local especial para serem guardados.
O costume já existe há muito tempo lá no Oriente… Os japoneses, ao chegarem em casa, têm o costume de tirar os sapatos e deixar na porta – tanto nas suas, como nas residências onde chegam como visitantes. Por lá, muitos imóveis apresentam o Genkan – um degrau abaixo da entrada principal. E mesmo que o detalhe arquitetônico não exista, impreterivelmente os sapatos não são bem-vindos no lar.
Até bem pouco tempo atrás a história era diferente aqui no Brasil. Mas os cuidados para evitar o contágio do Covid-19 mudaram rapidamente os hábitos de muitos brasileiros: a entrada da casa passou a ser uma área de descontaminação. E qual o resultado? Um tanto de sapatos amontados do lado de fora.
“Sem dúvidas essa será a nossa realidade e um novo estilo de vida”, afirma Júlia Guadix, arquiteta à frente do Liv’n Arquitetura.
A arquitetura de interiores ajuda em soluções para os moradores que buscam modos de organização para que os calçados não sejam fontes de vírus e o lar seja sinônimo de tranquilidade e saudabilidade.
“Podemos escolher desde as pequenas sapateiras encontradas nos home centers, como projetar soluções que se encaixem no estilo de decoração do imóvel”, relata Júlia, que mesmo antes da pandemia já adicionava um móvel específico para os calçados na entrada dos projetos que assina.
No projeto de arquitetura de interiores que realizou em sua casa, Júlia incluiu um armário azul logo na entrada. Ao abrir a porta do mobiliário, um cabide acomoda os casacos utilizados por ela e seu marido, bem como bolsas e demais acessórios. Já no gavetão, o local é exclusivo para guardar os calçados que serão utilizados na próxima saída.
“Recomendo essa solução, pois as roupas também são fonte de contaminação e não devem ser trazidas para a parte interna da casa. Algumas peças, como casacos de frio, não nos possibilitam a lavagem a casa uso”, explica a arquiteta.
A extensão da marcenaria, que se une mais adiante ao rack, ainda permite que o usuário possa se sentar e ter mais conforto durante o processo do calçar e descalçar.
“Hoje em dia ainda deixo um vidro de álcool gel bem próximo para a higienização das mãos após tocar os sapatos”, adiciona Júlia.
O mesmo conceito foi adotado nesse outro apartamento assinado por Júlia Guadix. Ao invés da marcenaria, ela elegeu um móvel pronto – combinação entre madeira e serralheria, da Desmobília. Além dos cabideiros, a peça contempla um assento de madeira e, na parte inferior, a estrutura para os calçados.
Sapateiras também do lado de dentro de casa
Se por um lado não tínhamos o hábito de preservar a casa de impurezas da rua, a sapateira para receber e organizar os pares limpos sempre fizeram parte do desejo dos moradores ao realizarem os projetos de interiores.
“Permanecer com essa segunda sapateira seguirá como essencial na organização dos itens pessoais. Quem não costuma se esquecer de um sapato que ficou lá no fundo do armário?”, relata Erika Mello, arquiteta do escritório Andrade & Mello Arquitetura.
Junto com ela, a também arquiteta Cristiane Schiavoni, do escritório que leva seu nome, são enfáticas sobre a indispensabilidade do móvel.
O planejamento norteia a execução. Por isso, o profissional de arquitetura precisa apurar com seu cliente a quantidade de sapatos que costuma ter, bem como os tipos mais comuns.
“O estilo faz toda diferença. Não posso executar a marcenaria sem saber se precisarei dispor sapatos baixos como rasteirinhas, sapatilhas e tênis, salto alto e até as botas de cano longo”, exprime Cristiane Schiavoni.
Tendo em vista o volume de pares, o passo seguinte é definir o lugar onde a sapateira será instalada. Cristiane conta que existe um paradigma sobre a necessidade de todos os armários disporem de 60 cm de profundidade para serem funcionais. No entanto, sua experiência indica que, para os sapatos, 30 cm são suficientes.
“Na dúvida, basta medir o tamanho dos pares”, conta Cristiane.
Ainda sobre as prateleiras, a arquiteta menciona o critério da altura para a arrumação.
“Oriento meus clientes a deixarem ao alcance dos olhos os itens que mais utilizam. A parte inferior recebe as botas e, em cima, os sapatos de festas com as bolsas coordenadas”, especifica a arquiteta.
Para Erika Mello, a sapateira não precisa necessariamente ficar no quarto ou no closet. A depender da área útil disponível na planta, é possível apostar em espaços ‘mortos’ no corredor e até mesmo na lavanderia.
“Na ausência de um mobiliário feito sob medida para os sapatos, indicamos contar com caixas organizadoras transparentes ou com aberturas para o processo”, destaca. Junto a isso, prover arejamento evitar mofo, odores fortes e até a deterioração do sapato.
O espaço embaixo da cama box é outro aliado. Além de usufruir o vão, os pares podem estar dispostos em prateleiras com rodízios, permitindo facilidade de visualização e limpeza periódica.
Sobre Liv’n Arquitetura
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Sobre Andrade & Mello Arquitetura e Interiores
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Sobre a arquiteta Cristiane Schiavoni
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