Bom dia, queridos!
Todos (ou quase todos), amamos o conceito aberto dos ambientes nos projetos de arquitetura. Praticidade, amplitude e uma atmosfera mais descolada são alguns dos atributos que conquistam moradores de todas as idades, independentemente do tipo da decoração eleito pelos moradores. Sem as paredes erguidas com a função de dividir os ambientes, o projeto se torna mais funcional, espaçoso e com melhor circulação no dia a dia.
“Principalmente o público mais jovem, percebo que foram bastante influenciados pelos programas de TV realizados no exterior e transmitido por aqui nos canais por assinatura. Recebo muitos pedidos pautados nessa influência, que tem como destaque a ilha ou a península da cozinha”, explica a arquiteta Marina Carvalho.
A profissional ainda ressalta que, apesar dessa forte referência, a equação não é apenas integrar por integrar: cada planta deve ser avaliada para saber se a decisão é mesmo o melhor caminho.
Com o aumento do volume de imóveis construídos com metragens reduzidas, conectar os ambientes é uma estratégia muito utilizada para a sensação de uma planta baixa maior e muito bem aproveitada. Nesse quesito, a escolha do mobiliário também se configura como grande aliado.
“O ideal é sempre trabalhar com móveis sob medida, respeitar as dimensões e apostar somente pelo necessário”, destaca Marina.
Com um espaço maior, a socialização dentro do lar também aumenta, haja vista que o conceito aberto é perfeito para propiciar mais conforto e o prazer de receber amigos e familiares. Com a conexão entre sala e cozinha, bastante presente na integração, é possível conversar com quem está preparando a refeição ou com quem está na sala sem precisar sair do lugar, facilitando a interação.
“A varanda também se tornou bastante requisitada, pois pode alongar o estar, fazer as vezes de sala de jantar e mesmo agregar o lazer com a construção do ambiente gourmet”, detalha a arquiteta.
Junto com isso, a convivência entre os familiares da casa também é beneficiada, pois com a eliminação das paredes, a expansão do campo de visão permite um contato mais próximo.
Outra vantagem da diminuição das paredes é a entrada de luz natural e a circulação ar, que deixam de encontrar barreiras e se estendem por toda residência.
“Se o imóvel contar com grandes janelas melhor ainda, pois pode deixar tudo iluminado e arejado sem precisar acender uma luz, ligar ventilador ou ar-condicionado. Além da economia financeira, o recurso proporciona bem-estar e uma casa mais gostosa e acolhedora”, comenta a arquiteta Marina Carvalho.
Por outro lado, pode-se pensar que o número reduzido de paredes pode impactar na diminuição de áreas para armazenagem. A arquiteta detalha que uma excelente saída pode ser feita com a instalação de armários flutuantes em uma estrutura metálica ou a execução de armários mais compactos nas paredes existentes.
Porém, analisar a vida dos moradores é a medida adotada pela arquiteta para a integração dos ambientes não se tornar um arrependimento mais para frente. Embora essa conexão esteja relacionada com a área social, em algumas situações a privacidade deve ser considerada. Para quem adotou o home office na sala ou na varanda, os ruídos e a agitação podem prejudicar a concentração.
“Por isso, vale considerar o que é primordial para cada pessoa”, relata a arquiteta.
Materiais
Para a profissional, porcelanato, cimento queimado e ladrilho hidráulico são boas opções para ambientes conectados, que devem conter piso único. Marina ainda sugere o piso vinílico que, dependendo do sistema de fixação, pode ser lavado.
Fotografia: Evelyn Muller
Arquiteta Marina Carvalho
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