16
outubro

Brasilidade e paisagismo na Casa Cor Minas Gerais

Pavilhão de Entrada | Andrea Pinto Coelho | Foto Gustavo Xavier

A Casa Cor Minas Gerais está maravilhosa e pode ser visitada até dia 31 de outubro!
O tema central desta edição é “A Casa Original”. A temática provoca uma série de reflexões, sobretudo pelo evidente desejo de retorno às origens.
A inspiração para o conceito surgiu antes mesmo da pandemia, que trouxe como principal consequência, a ressignificação da nossa relação com a casa, inaugurando uma série de novas reflexões sobre o morar contemporâneo.

Os projetos e soluções apresentadas nesta edição surpreendem.
Entre os destaques estão uma série de projetos que foram inteiramente construídos especialmente para o evento, utilizando métodos construtivos inovadores, reduzindo significativamente os impactos ambientais.
A CMC, indústria do grupo mineiro Lafaete, forneceu 25 módulos, cada um com 12 metros quadrados e pé direito de três metros, uma tecnologia que se assemelha na forma, mas que é bastante diferente dos contêineres marítimos, uma vez que são construídos de forma industrial e exclusivamente para a construção de habitações, assumindo diversas medidas, o que possibilita mais opções aos projetos.
A tudo isso, soma-se o novo formato: quem visitou a edição de 2019, também no Palácio das Mangabeiras irá se surpreender.
O lugar é o mesmo, mas tudo mudou.
A partir da entrada, a sensação é de estar em um outro endereço. Leveza, alto astral, paisagismo exuberante e projetos incríveis de ambientes para serem vivenciados do lado de fora e deliciados do lado de dentro. Dentro do Palácio das Mangabeiras, novos impactos esperam o visitante.

A partir da entrada, que conta com Pavilhão assinado por Andrea Pinto Coelho, a sensação é de estar em um outro endereço. Leveza, alto astral, paisagismo exuberante criando cenários bucólicos como o espaço Horto Laguna, assinado por Rafael Mineiro e Natália Azevedo, um pequeno oásis que inclui um lago, que na verdade é uma piscina natural, cercada de plantas. Outro destaque é a intervenção Siré (Xirê) assinada pelo designer Gustavo Greco reunindo diversos cobogós em mogno africano, exibindo dentro de um pequeno labirinto, símbolos que representam os orixás. A partir daí o público poderá encontrar uma série de ambientes incríveis, projetados para serem vivenciados do lado de fora e deliciados do lado de dentro.

Casa da Serra – Júnior Piacesi

Esse projeto parte do conceito de uma casa modo-lar, pensada assim mesmo. Toda em estrutura metálica, de montagem rápida, encapada por breezes, utilizando placas de cimento no piso e rasgos de luz no teto, demonstra simplicidade tanto na montagem, quanto na arquitetura e uso do espaço. Não há nada que o mascare. A opção pelo revestimento em madeira, da Duratex, traz conforto visual e acolhimento. Em uma área de 320m2, a proporção interna se equivale à do deck externo, cada uma com 150m2. Os ambientes integrados sugerem que morar, receber família e amigos e mesmo trabalhar em um mesmo espaço é uma realidade e são ações que podem estar em perfeita harmonia. Estrategicamente, essa casa oferece abrigo para necessários momentos de reclusão e, ao mesmo tempo, se adapta à realidade, que pede conciliação em um lar que proporciona acolhida, morada, onde é possível expandir-se, seja no modo conectado ou off-line. Foi pensada para que as obrigações diárias possam ser cumpridas com facilidade e onde seja possível recarregar a própria energia, tirando o peso diário da sensação de que sobra pouco tempo para o simples existir. É também um projeto que cria novas perspectivas para o verde, mesmo quando ele não é abundante no entorno. Por isso, ele está dentro da casa, de forma naturalista e inspiradora. Assim, o interior é também jardim com cheiro de mato e abriga, inclusive, uma jabuticabeira em local estratégico onde recebe luz solar e até mesmo a água da chuva.

Casa da Serra | Junior Piacesi | Foto Jomar Bragança
Casa da Serra | Junior Piacesi | Jomar Bragança
Casa da Serra | Junior Piaceso | Jomar Bragança
Casa da Serra | Junior Piacesi | Foto Jomar Bragança

Loft Sense – Andrea Medeiros e Cristina Capanema

Desacelerar e se reconectar com o essencial. Inspirado em linhas orgânicas, na leveza e na simplicidade, esse loft utiliza o espaço interno, guiando nosso olhar para os detalhes, permitindo vazios e cheios na medida da fluidez.
Ela acontece desde a entrada, onde um recorte simétrico mistura o dentro e o fora, e é permitida também pela marcenaria em L, que abriga uma ampla bancada que, ao virar, atende à uma expressiva adega revestida em quartzito e ainda oferece privacidade à cama.  É também um recorte retangular que substitui janelas tanto na parede logo atrás da cama, e, em proporção maior, acima da bancada, na parte destinada à cozinha.
Nos dois casos, utilizando a transparência do vidro, a proposta é de total integração dos ambientes com a paisagem. O extenso breeze na lateral da entrada tem esse mesmo objetivo e contempla living e parte da área do quarto.
A linguagem minimalista traz o mesmo revestimento para piso e paredes, tanto na parte externa como interna e acrescenta ao teto, o ripado de madeira clara.
Tramas naturais, tapetes feito à mão, o conforto das poltronas que acompanham a mesa redonda e peças de design assinado por André Ferri compõem esse cenário equilibrado e harmonioso. O banheiro aberto, na parte de fora do loft, tem teto de vidro, breezes e uma relaxante banheira, permitindo uma sensação de estar ao ar livre.

Loft Sense | Andrea Medeiros e Cristina Capanema | Jomar Bragança
Loft Sense | Andrea Medeiros e Cristina Capanema | Foto Jomar Bragança
Loft Sense | Andrea Medeiros e Cristina Capanema | Foto Jomar Bragança

Suite Lite – Igor Zanon

Com ares da pousada perfeita e cara de cabana contemporânea, o ambiente do quarto é leve e caloroso ao mesmo tempo, com o uso do painel em MDF em jequitibá rosa, na cama e nas paredes, e a sutileza do breeze quadriculado, de alumínio pintado na cor branca.
Usa tons terrosos que remetem a casa de vó no interior, a pedra, a madeira e o início do caminho de uma mineiridade que se assume universal. Ela está na poltrona Pachá, assinada por Pietro Oliveira e na cama, desenho do arquiteto, onde a cabeceira lembra um abraço. E como arte é fundamental, ela traz o requinte instigante de obras de Abraham Palatinik e de Christus Nóbrega.
O cuidado artesanal passeia pelo banco em tear de Inês Schertel e outros detalhes de texturas e tramas e a lareira suspensa é a única interferência no teto, limpo.
O mini-closet ao fundo é uma adaptação de uma estante vasada, para não fechar a paisagem externa.
Seguindo a mesma leveza, o banheiro é um ato contínuo de relaxamento e renovação das energias, em paleta bem clarinha e aberto para a mata em volta.
Na parte externa, a opção foi por uma solução mais resistente que o concreto, feito com rejeitos de ferro, na cor areia e acabamento levigado. A churrasqueira tem desenho de Ricardo Rangel e o espaço ainda conta com uma lareira de chão.
A conversação entre o mobiliário se dá pelo tecido que remete ao linho, próprio para áreas externas, que está na cadeira e na enorme chaise. Tudo leve, harmonioso. Um perfeito convite ao relax e às boas energias.

Suíte Lite | Igor Zanon | Foto Gustavo Xavier
Suíte Lite | Igor Zanon | Foto Gustavo Xavier
Suite Lite | Igor Zanon | Foto Gustavo Xavier
Suite Lite | Igor Zanon | Foto Gustavo Xavier

São 47 ambientes e 71 profissionais em uma Mostra recheada de novidades!
Em próximos posts mostro mais.

CASACOR Minas Gerais
Onde: Palácio das Mangabeiras -Praça Ephigênio de Salles, 01, Mangabeiras, Belo Horizonte – MG
Quando: até 31 de outubro de 2021

Horário de funcionamento:
Terça a Sexta – 14h às 22h
Sábado – 12h às 22h
Domingo – 11h às 20h
Ingressos pelo site: https://casacormg.byinti.com/#/
Informações: https://casacor.abril.com.br/

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